O Japão sempre me
fascinou. Se penso na cultura Japonesa, vêem-me há mente imagens de uma beleza desenhada até aos mais ínfimos pormenores para estimulo dos sentidos : a cerimónia do chá, os bonsaï,
os jardins Zen, a arte de criar arranjos florais, os tecidos tingidos com a
técnica Shibori. Tudo ressoa a um artesanato que me e' semblante na procura de um
ideal de beleza puro e refinado e na utilização de técnicas de artesanato
ancestrais em sintonia com os recursos disponíveis localmente. Ė por isso que não
posso perder um passeio pelo bairro do Logis para admirar as cerejeiras em flor
nos primeiros dias da primavera e antes que as chuvas intempestivas (que fazem a
sua aparição na mesma época) façam cair as delicadas pétalas. Aí o espectáculo
torna-se grotesco : ruas cobertas de um fino manto rosa que contrasta com
o azul anilado do céu.
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